Uma das poucas certezas que temos na atualidade é a velocidade com a qual somos bombardeados com novidades e mudanças em todos os âmbitos da vida. Talvez esse seja o grande desafio da vida moderna: se adequar às inovações.
Não podemos deixar de reconhecer o valor e a importância das tradições, que desempenham um papel essencial em nossa cultura e coesão social; elas enriquecem a experiência humana adicionando significado e profundidade ao cotidiano. Afinal, temos a tendência de manter aquilo que esteja dando certo e enxergamos conforto no que já é conhecido.
Entretanto, a modernidade trouxe inovações que acontecem em uma velocidade muito grande e nos impactam como sociedade em geral. Surge, então, uma necessidade cada vez maior de desenvolvermos uma certa versatilidade para lidar com esse novo estilo de vida.
Na psicologia, usamos o termo rigidez psicológica, quando falamos sobre a dificuldade que alguns indivíduos têm em lidar com novas situações, se abrir para novas ideias e mudar de opinião. Essa inflexibilidade pode trazer impactos muito negativos em diversos contextos da vida; insistir em uma única opinião sobre um determinado assunto e agarrar-se a uma maneira específica de cumprir tarefas acabam sendo alguns exemplos desse padrão rígido de comportamento que pode acabar desencadeando uma grande necessidade de controle e dificuldade de delegar. Poderia continuar escrevendo uma cadeia de consequências negativas acarretadas por essa inflexibilidade que prejudicam o bem-estar e estão ligados ao estresse e à ansiedade.
Porém, quando falamos sobre seu oposto, temos a flexibilidade psicológica, que diz respeito à capacidade que um indivíduo tem de se adequar e lidar com mudanças e situações desafiadoras. Tem sido considerada como um dos aspectos centrais do bem estar e da saúde mental; através dela, podemos reagir às demandas da vida de uma maneira mais adaptativa e equilibrada.
Em busca de flexibilidade, procure entender e acolher sentimentos e pensamentos, mas considere qual é a sua realidade no presente, uma vez que muito do que sentimos se relaciona com nossas vivências e histórico de vida e não necessariamente com o que de fato está acontecendo. Falhas e imperfeições fazem parte da vida e podem ser adotadas como uma grande oportunidade de aprendizado e crescimento pessoal. Essa visão pode proporcionar uma maior coragem para lidar com novos desafios.
