8 empresas apontam interesse em escoar produção através da malha ferroviária 2j4929

Em encontro promovido ontem, em Prudente, Rumo ALL informou que demandas serão detalhadas até primeira quinzena de 2017 72255q

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES 5x1c25

Data 01/12/2016
Horário 07:06
 

Pelo menos oito empresas de carga requerem a recuperação dos trilhos e a reativação da malha ferroviária na região entre Presidente Prudente e Presidente Epitácio, de acordo com a UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e Região). Por pedido de sigilo, a união não pode revelar os nomes das interessadas, mas informa que são de conhecimento da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e da Rumo ALL (América Latina Logística), concessionária responsável pelo trecho. Ainda conforme a UEPP, o volume anual levantado e comprovado é de 927.786 toneladas e os principais produtos são açúcar, etanol, calcário, fertilizante, milho, soja, farelo, combustível e couro (veja tabela). Os dados não englobam as cargas das regiões Centro-Oeste e Norte, que seriam alocadas em interligação com a Ferrovia Norte-Sul, que vem até Panorama (SP).

Jornal O Imparcial Demanda para a ferrovia regional foi debatida entre interessados

Com o objetivo de solicitar que a companhia faça um levantamento das empresas que necessitam do transporte ferroviário para o escoamento de produção, membros da UEPP e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Prudente reuniram-se com o representante comercial da Rumo ALL, Gabriel Maranhão, na manhã de ontem, no Aruá Hotel. Apesar do conflito de opiniões, o encontro terminou com uma promessa que pode trazer esperança aos interessados: a concessionária deve apresentar, até 15 de janeiro, um relatório com o detalhamento das demandas e, com base nisso, expor uma proposta comercial.

A reunião precendente ocorreu em dezembro de 2015, quando a UEPP protocolou um relatório onde as empresas discorriam sobre suas produções mensais e anuais, bem como as intenções para o uso do transporte. Conforme noticiado por O Imparcial em agosto, o último despacho sobre o caso foi publicado em julho deste ano, quando a Justiça Federal não concedeu suspensão do processo para a executada e esta continuou obrigada a revitalizar e a reativar a ferrovia, cujo prazo já havia encerrado em setembro do ano anterior. Desde então, vigora uma multa de R$ 30 mil por dia pelo descumprimento da companhia.

 

Opiniões

Para o diretor de comunicação da UEPP, Marco Goulart, entende-se que, na prática, o retorno da malha ferroviária está estagnado. "Infelizmente, estamos no campo das promessas, porque, na prática, o que temos hoje é uma linha férrea que não tem a mínima condição de tráfego. Sendo assim, a companhia não pode fazer a promessa da venda de um produto, que é o transporte ferroviário, se o tráfego for inviável. Então, a situação não é condizente com o que estão oferecendo, beirando até mesmo à má-fé", expõe. Segundo Marco, existe uma esperança, mas é preciso que as entidades continuem cobrando a reativação. "É importante salientar que trata-se de uma concessão pública e que a companhia possui um contrato com o governo federal a fim de manter o trajeto em pleno funcionamento", complementa.

O prefeito de Presidente Epitácio, Sidnei Caio da Silva Junqueira, Picucha (PMDB), esteve no local para acompanhar a reunião, que, como aponta, faz parte de um conjunto de encontros realizados pela concessionária. "Entendemos que, em função de uma ação do MPF contra a ALL, há a obrigação de promover essas reuniões. No entanto, desta vez, o representante comercial deu um prazo para visitar as empresas, o que representa um diferencial", denota. Para ele, a situação acende uma luz no fim do túnel para as empresas que estão dispostas a utilizar a malha ferroviária, posto que a demanda comprovadamente existe. "A reativação da ferrovia é completamente viável, falta apenas o aval da ANTT e Rumo ALL, que precisam colocar o sistema para operar. Nós entendemos que há outros trechos mais rentáveis, contudo, a desativação da malha na nossa região nos prejudica demais", avalia.

O vice-diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Itamar Alves de Oliveira Júnior, é mais relutante em relação ao caso. "A concessionária quer prorrogar a demanda porque não tem intenção de resolver o problema. Eles irão agora fazer o levantamento existente na nossa região, entretanto, o número de empresas que utilizariam a malha ferroviária vai além: existe demanda em todo o centro-oeste. Eles sabem disso, porque a maioria dessas empresas é cliente deles", explana. Itamar afirma que suas expectativas para a resolução do problema são baixas, dado que "o que a empresa quer é prorrogar os fatos para que possa se defender do processo que existe no MPF contra ela", pontua.

 

Outro lado

A reportagem tentou ouvir o representante comercial da Rumo ALL, Gabriel Maranhão, que pediu que a solicitação fosse feita à Assessoria de Imprensa da companhia. Em nota, a empresa informou que a Rumo ALL "vem cumprindo o seu papel de concessionária ferroviária de cargas e se mantém à disposição dos interessados em firmar contratos de transporte de longo prazo". "A empresa já participou diversas vezes de seminários em Presidente Prudente, nos quais é explicado o funcionamento da ferrovia e onde é oferecido o transporte buscando a captação de cargas, firmando contratos de longo prazo e analisando possíveis origens, destinos, fluxos e volumes de transporte voltados à contratação", comunica. Em relação ao encontro realizado ontem, diz que, demonstrando sua boa-fé, se disponibilizou a realizar reuniões específicas com a comunidade local com vistas a analisar propostas de contratos de transporte de longo prazo que possam viabilizar o transporte ferroviário.

 

 

 

Escoamento pelos trilhos

 












































































EMPRESA*



MERCADORIA



TRANSAÇÃO



VOLUME ANUAL



UNIDADE DE MEDIDA



VOLUME ANUAL (TU)



A



açúcar


etanol


calcário


fertilizante



venda


venda


compra


compra



100 mil


100 mil


3 mil


4 mil



ton/ano


m³/ano


ton/ano


ton/ano



100.000


80.000


3.000


4.000



B



sem indicação



venda



360 mil



ton/ano



360.000



C



milho, soja e farelo



venda



120 mil



ton/ano



120.000



D



combustível



venda



120 mil



m³/ano



96.000



E



material elétrico e eletrônico



venda



1,2 mil



ton/ano




1.200



F



artefatos de couro



venda



360



contêineres/ano




8.586



G



couro curtido



venda



15 mil



ton/ano



15.000



H



farelos de soja



venda



140 mil



ton/ano



140.000



*Nomes das empresas não foram divulgados.

Fonte: UEPP

 
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