Com a crescente incidência de casos de dengue no país, cuidar da alimentação torna-se parte fundamental do tratamento. Embora não exista um alimento capaz de curar a doença ou aumentar as plaquetas, uma dieta adequada pode aliviar sintomas, fortalecer o organismo e ajudar na recuperação. Por outro lado, certos alimentos devem ser evitados, pois podem agravar o quadro clínico.
Entre estes que devem ser evitados, estão os ricos em salicilatos, substâncias com ação anticoagulante natural e que podem aumentar o risco de sangramentos. Estão nesta lista: ameixa fresca, amêndoa, amora, batata inglesa, cereja, groselha, limão, maçã, melão, morango, nectarina, nozes, pepino, pêssego, pimenta, tangerina, tomate, uva, cebola, gengibre e alho.
Além disso, é importante ter cautela com alimentos ricos em vitamina K, como espinafre, couve, brócolis e alface. Isso porque essa vitamina está relacionada à coagulação sanguínea e pode interferir no tratamento, especialmente em casos com plaquetas baixas.
Uma bebida que necessita de atenção é a água tônica. Muitas vezes, ela é utilizada para amenizar sintomas como náuseas e vômitos. Mas em casos de dengue, essa bebida deve ser evitada devido à presença de quinino, uma substância que pode levar a diminuição de plaquetas e aumentar o risco de sangramentos.
Mais do que restringir alimentos, é fundamental garantir uma hidratação adequada. A dengue provoca perda de líquidos e pode levar à desidratação severa. O Ministério da Saúde recomenda a ingestão diária de pelo menos 60 ml de líquidos por quilo de peso - seja em casos suspeitos ou confirmados da doença. Para uma pessoa de 70 quilos, por exemplo, isso representa cerca de 4,2 litros diários.
Além da água, sucos naturais, água de coco e soro caseiro são boas opções para manter a hidratação.
Manter uma alimentação leve, nutritiva e de fácil digestão, com frutas legumes, verduras e proteínas magras, também auxilia na recuperação do organismo.