Infectologista explica como mudanças climáticas e genéticas do vírus ampliam riscos da dengue  5r1639

Médico indica que alterações no clima apagaram a sazonalidade clássica da doença, que antes se concentrava no verão; ele também aponta que sorotipo 3 pode estar circulando pela região 1f2pz

PRUDENTE - CAIO GERVAZONI 6o3y21

Data 31/01/2025
Horário 04:03
Foto: Arquivo
Euribel alerta que, como sorotipo 3 não havia circulado na região, pessoas que já tiveram dengue pelos sorotipos 1 e 2 estão “completamente vulneráveis”, podendo se infectar novamente
Euribel alerta que, como sorotipo 3 não havia circulado na região, pessoas que já tiveram dengue pelos sorotipos 1 e 2 estão “completamente vulneráveis”, podendo se infectar novamente

Em entrevista à reportagem de O Imparcial, o médico infectologista Luiz Euribel Prestes Carneiro, doutor em Imunologia e pesquisador da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), alertou para as mudanças no cenário da dengue em Presidente Prudente e na região do oeste paulista

Segundo o especialista, as alterações climáticas apagaram a sazonalidade clássica da doença, que antes se concentrava no verão. “Hoje, casos são diagnosticados o ano todo, embora o pico ainda ocorra entre dezembro e maio, período de calor e umidade que aceleram a eclosão dos ovos do Aedes aegypti”, explica.

Um dos desafios atuais é a possível circulação do sorotipo 3 da dengue na região, que até 2022 não havia sido identificado em estudos locais. “No Brasil circulam os sorotipos 1, 2, 3 e 4. Em um estudo publicado em 2023 por pesquisadores de Presidente Prudente, foi demonstrado que entre 2015 e 2022 apenas os sorotipos 1 e 2 circularam na cidade e região oeste. No entanto, embora ainda não tenha sido identificado, há grandes evidências que agora esteja circulando o sorotipo 3. Além disso, semelhante a outras doenças virais, estão havendo mutações dentro do próprio sorotipo”, realça Euribel ao destacar que dados recentes publicados pelo Ministério da Saúde mostraram um aumento significativo de 28,7% do sorotipo 3 em São Paulo. “Há uma grande diferença genética entre os sorotipos”.

Ele alerta que, como o sorotipo 3 não havia circulado em nossa região, as pessoas que já tiveram dengue pelos sorotipos 1 e 2 estão completamente vulneráveis podendo se infectar novamente. “A exceção são os vacinados com a dose quadrivalente, que protege contra os quatro sorotipos”.

Riscos de reinfecção

Sobre os riscos da reinfecção, Euribel é enfático: “Pessoas que contraíram dengue mais de uma vez têm maior chance de desenvolver formas graves, especialmente se apresentarem queda abrupta de plaquetas no início da infecção para valores inferiores a 30.000/mL - não existe um consenso sobre esse valor - ou sinais de alarme, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos ou confusão mental”. O especialista cita ainda que condições prévias, como distúrbios hematológicos, ampliam o perigo.

Quanto ao diagnóstico, o infectologista reforça a necessidade de buscar atendimento médico imediatamente ao surgirem sintomas como febre alta, dor muscular, manchas vermelhas na pele ou dor ao redor dos olhos. “Apresentando os sintomas que sugerem um diagnóstico de dengue como febre alta, dores musculares, dor de cabeça, dor em volta dos olhos, manchas vermelhas na pele, falta de apetite ou prostração, o indivíduo deve procurar imediatamente atendimento médico para o diagnóstico clínico e laboratorial. O médico irá classificar o estágio da doença: A, B, C e D. De acordo com o estágio da doença é que a conduta inicial será tomada”, alerta.

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