Nazaré é uma cidadezinha de mais ou menos 30 casas na Galileia, norte de Israel. Lugar rústico e muito simples onde Jesus a a infância até iniciar o ministério de pregação e ensino do Reino de Deus. A localização da pequena cidade facilita o trânsito intenso e a agem de estrangeiros na região. A economia de subsistência é muito conhecida por sua pesca e pescadores, por causa do mar/lago da Galileia, lugar de alimento e geração de trabalho. Os impostos são pesados aqui.
Terra de analfabetos e de sotaque caipira.
Lugar de gente trabalhadora, pobre e que sofre todos os tipos de estigma, exclusão e preconceito. Os galileus nunca têm condições financeiras de ir à Jerusalém para a visita ao templo e as festas ficando distantes, inclusive, do cuidado religioso dos fariseus e saduceus, sacerdotes de então.
Galileia, Nazaré, região periférica e socialmente abandonada na palestina dominada pelo império romano.
Jesus não nasce em Nazaré. Por conta do recenseamento seus pais deixam a cidade até Belém, pois eram da tribo de Judá e o Censo exige que o registro da família seja feito em terra natal.
Ali nas bandas do Sul, perto de Jerusalém, Maria, grávida sente as dores de quem precisa dar à luz a uma criança. Não há pousada nem qualquer pensão, o desprezado nazareno vem ao mundo numa simples manjedoura na cidade de Belém, terra de Davi e recebe o nome de Jesus.
Algumas décadas depois, consciente de sua morte e paixão, nas terras onde nasceu, Jesus o Cristo retorna ao centro político, econômico, religioso e militar: Jerusalém, Cidade da Paz.
No coração daquela gente aguarda-se um rei poderoso que haveria de lutar e o povo judeu libertar das agonias e agruras do impiedoso império.
Então Jesus toma emprestado um jumentinho para com ele entrar na cidade. Uma estrada e uma cruz o aguardam no trote manso e singelo daquele simples animal.
Não pela entrada triunfal que se dá quando os imperadores, reis e guerreiros am a sua gente. Mas, pela especificidade da chegada àquela tão importante cidade: ele não faz parte da nobreza; cavalo de raça não tem; rosto queimado de sol; túnica empoeirada e batida pelo tempo; alguns homens malvestidos e malcheirosos o acompanham... Vê-se um tanto de gente lançando ramos à frente do bicho que o leva, no embalo de um coro jamais ouvido aqui: Hosana, bendito o que vem em nome do Senhor!
A cena, naturalmente, chama a atenção e inicia o drama/trama abscôndito na pergunta entre os transeuntes, sobretudo, desvelando os religiosos que detêm o saber e o poder de então, ao apontar de maneira inequívoca para o preconceito que se tem: Quem é ele? Mas a questão era bem outra: Quem ele pensa que é?
Entre a cena singela e a curiosidade comum de um povo incrédulo vem a resposta: Este é o profeta Jesus de Nazaré, da Galileia!
A semana santa inicia na simplicidade de um rei, montado em um jumentinho, despojado de coisas e apaixonado por gente, amoroso e que ainda se entrega por você, por mim e por todos nós! Feliz semana pascal!