O o aos cinemas ainda é para grande parte da população brasileira. Se para uns, colocar os óculos 3D e conferir a grande estreia nas telonas, na companhia de um delicioso balde de pipoca, é algo bastante comum, corriqueiro, para outros, essa ainda é uma realidade muito distante. Inúmeras pessoas, principalmente aquelas que moram afastadas dos grandes centros, nunca tiveram essa oportunidade. Quando tem, os olhos brilham, ficam encantadas com o que veem e querem voltar de novo. Mas quando?
Além da distância física, outras barreiras também podem surgir, como o preço das entradas. A poltrona é confortável, o ar condicionado ajuda, mas realmente, para estar ali, é preciso tirar a mão do bolso. Pagar ingresso, estacionamento e um refrigerante ou uma água. Nem todos têm condições.
Pensando neste tipo de público, estudantes universitários de Presidente Prudente, com apoio da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista) e da Secult (Secretaria Municipal de Cultura), elaboraram o projeto Cinema Para Todos. A primeira apresentação está marcada para este sábado, na praça da Vila Geni, e o filme escolhido é “Para Onde Voam as Feiticeiras", com direção de Beto Amaral, Carla Caffé e Eliane Caffé.
A partir da exibição de filmes, escolhidos pelo próprio público, com exibições de março a novembro e sempre em bairros periféricos, o projeto irá abordar temas que contribuam com a erradicação da fome, com a agricultura sustentável, igualdade de gênero, saúde e bem-estar da população, redução de desigualdades e contribuição de energia limpa. Se as pessoas gostam de ir ao cinema para se divertir, conversar, rever amigos e se distrair, agora terão também uma oportunidade para aprender, desenvolver o senso crítico, adquirir cultura.
Eles serão exibidos em locais públicos, como praças e coretos e quando apresentarem classificação indicativa para maiores de 14 anos, será montado no local um grupo de ciranda para crianças menores.
Sabemos que filmes são capazes de trazer emoção, diversão e reflexões. Assisti-los no cinema, então, tende s ser uma experiência marcante.
