Meus aprendizados pelo caminho: até Santo Expedito! 392u1f

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OPINIÃO - Glaucia Santos Calza 184e5u

Data 13/05/2025
Horário 05:01
Glaucia Santos Calza com o grupo, na trilha rumo a Santo Expedito
Glaucia Santos Calza com o grupo, na trilha rumo a Santo Expedito

Recentemente, encarei um grande desafio. Ao lado do meu marido e de um grupo de mulheres, realizei minha primeira peregrinação: 35 km de caminhada — em um só dia. O destino? Santuário de Santo Expedito.
Foram tantos aprendizados ao longo deste percurso que decidi compartilhar alguns por aqui — começando pelas pessoas.
Esse grupo me revelou o poder de cada um ser quem é. Tínhamos a Lígia, com seus impressionantes 65 anos e sua sexta peregrinação, foi pura potência. Sempre à frente, puxava o ritmo com determinação, mostrando que o desafio também era a resistência, a constância, destacando o valor e a importância de querer alcançar o objetivo final - a chegada.
A Marina praticamente caminhou ao lado da Lígia, embora também tenha acompanhado outras colegas durante o percurso. Foi ela quem nos lembrou da importância de registrar momentos como esse. Conectou-se com o mapa, fez vídeos, tirou fotos para o pai, do nosso trajeto e entre nós — até aquelas inesperadas. Ao revisitar as imagens que ela capturou, pude relembrar e compartilhar este momento.
Ana trouxe reflexões espirituais, contava histórias que muitas de nós ainda desconhecemos, com falas profundas sobre o propósito de estarmos ali — abrindo espaço para algo ao mesmo tempo tão individual quanto coletivo. Com ela o caminhar ganhou significado.
Débora nos ensinou o valor de manter o próprio ritmo. Ela nos lembrava sobre a importância de apreciar o trajeto em seu tempo, um tempo singular — o aqui, o agora, o desacelerar - porque o tempo certo é o nosso.
Karen nos fez rir, lembrar da nossa criança interior. Como é bom trazer essa leveza para nossos caminhos, ainda que repletos de desafios, ela fez a subida parecer menor.
Thiago, meu marido e companheiro de peregrinação, também provocou risadas com seus comentários singulares, e nos mostrou a importância de superar-se — mesmo diante da dor, quando tudo parece difícil — persistir. Continuar. 
E eu? Estou aqui, ajudando a contar esta história. A autenticidade e complementaridade do grupo nos permitiram realizar essa jornada de maneira única.
Foram momentos à noite, sem luzes, sem lanternas, com muitas estrelas, lua encoberta, lanternas acesas, chão de barro batido, lama, asfalto, subidas, descidas, buracos, poças; outros com muitas nuvens, garoa, clima fresco, tatu morto, porco-espinho cruzando o caminho, o nascer do sol, o arco-íris, as nuvens, algumas paisagens, mais barro, mais subida...

A vida é um trajeto 
que se constrói 
enquanto o percorremos

O caminho não foi fácil. Entre tantos trechos vencidos, o único que não existiu foi o de não concluí-lo. Esse pensamento deixou de existir? Não. A todo instante alguém se questionava: será que conseguiremos? Será possível? E pensar, não é necessariamente agir. Nós fizemos o que estava ao nosso alcance — concluímos. E mesmo que tivéssemos desistido, até isso teria seu valor.
Percorremos 8 horas caminhando. E me vem à mente uma frase, inspirada em Contardo Calligaris: a escolha de um bom líder tem muito a ver com o que ele faz para além do trabalho. Essa vivência reforçou para mim que liderar não é apenas conduzir, mas compartilhar a travessia. Sendo quem se é, abre-se espaço para que o outro faça o mesmo. Criar vivências intencionais como essa é, também, um caminho para desenvolver líderes mais humanos, presentes e conscientes.

E o que essa 
jornada pode 
ensinar a 
quem lidera?

Que um grupo diverso —  traz ritmo, perspectiva e força ao time.
Que registrar o caminho (e não só os resultados) gera memória, identidade e orgulho.
Que espaço para o propósito amplia a conexão e o engajamento entre as pessoas.
Que respeitar os diferentes tempos é parte do sucesso de uma travessia conjunta.
Que a leveza é estratégica: rir, descansar, brincar... também é construir.
Que persistência é habilidade emocional, não só disciplina.
Que autenticidade é contagiosa. Ser quem se é libera o outro para fazer o mesmo — e isso transforma o ambiente, a entrega e a cultura.
Liderar é caminhar junto, com escuta, coragem e intenção.
Mesmo quando o chão é de terra, o céu nublado e a distância longa.


Vista do Santuário de Santo Expedito, a alguns quilômetros

 

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