A preservação da natureza não pode mais ser encarada como uma opção. É uma urgência. Mas, diante da imensidão do problema, é comum que as pessoas se perguntem: “O que eu, individualmente, posso fazer?”. A resposta está justamente nas pequenas ações, como o recente plantio de 12 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica no Instituto Federal de Presidente Epitácio, uma iniciativa conjunta da Apoena (Associação em Defesa do Rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar) com o IFSP (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de São Paulo).
Pode parecer modesto, mas cada muda plantada representa uma escolha pelo futuro. A ação teve início em 2023, sob liderança do professor Marcos Pavani e com o envolvimento ativo dos alunos do Grêmio Estudantil. Em 2024, o projeto ganhou novo fôlego com o professor João Maria de Souza, mostrando que, quando há continuidade e consciência, o impacto positivo se multiplica.
A força dessa iniciativa está no exemplo prático de cidadania ambiental. O envolvimento de jovens estudantes em ações de reflorestamento contribui para formar uma geração mais atenta às questões ecológicas e comprometida com o bem comum. Além disso, o plantio de espécies nativas ajuda a restaurar ecossistemas, proteger a fauna local, melhorar a qualidade do ar e mitigar os efeitos das ilhas de calor urbanas.
Enquanto governos e grandes corporações têm responsabilidades inegáveis na luta ambiental, não se pode ignorar o papel transformador que indivíduos e comunidades podem desempenhar. Quando escolas, associações, famílias e cidadãos se mobilizam, criam uma teia de cuidado que se estende muito além do ato pontual. O que começa como uma ação local se torna um modelo a ser replicado, inspirando outras instituições e cidades.
Preservar a natureza exige políticas públicas, sim, mas também requer educação, engajamento e exemplos como este, que mostram que a mudança começa onde ada um está, com os recursos que tem e com as pessoas que cercam. Afinal, grandes transformações são feitas de pequenos gestos repetidos com perseverança.
Se cada cidadão fizer sua parte, por menor que pareça, o resultado coletivo será um planeta mais verde, mais justo e mais habitável. Que o exemplo de Presidente Epitácio floresça em muitos outros cantos do Brasil. A natureza agradece, e as futuras gerações também.