O jornal O Imparcial de 16/07 trouxe uma louvável notícia na área da educação: Antonio Mello lançou na sua escola o projeto “Seja Gentil”. Aleluia! Na Finlândia, melhor educação do mundo, a formação de princípios éticos faz parte do currículo escolar; no Japão, alunos aprendem a conviver com a solidariedade e a colaboração até mesmo executando a limpeza da própria escola. E maravilha: os alunos amam estudar, amam a escola. No Brasil, o ensino acadêmico-medieval não tem sentido e o que não forma, deforma. Neste caso, por exemplo, crianças espelham-se nos vilãos das novelas da Globo que am a ser irados e seguidos. Disse Paulo Freire: “Educação não transforma o mundo. Educação transforma pessoas. Pessoas transformam o mundo”.
Ninguém compra esse aparelho para receber lixo dentro de suas casas, a sociedade civil deve agir para reverter esse fato
A palavra ética originou-se do grego "ethos" e significa caráter, é relativo ao modo de ser e agir de cada pessoa. O caráter não é hereditário, é formado. E não é mais possível que a ética, a gentileza, o espírito de análise e crítico sejam negligenciados nas escolas, local mais propício para se aprender a praticá-los. Essas virtudes são contagiosas, quanto mais praticadas, mais contagiam; assim também o oposto: a visão repetitiva da violência contagia.
Veja, leitor, que o maior veículo de massa, a TV, explora ininterruptamente a crueldade, crimes, e toda forma de maldade, e tem assim conduzido ao aumento dessas atrocidades. Ninguém compra esse aparelho para receber lixo dentro de suas casas, a sociedade civil deve agir para reverter esse fato. Também a “escola-informação” é o que há de mais necrosado, informação o “dr. Google” oferece mais e melhor que todos os professores somados.
Não é somente a filosofia que faculta à reflexão, o espírito crítico, a solidariedade e a formação ética nas escolas, mas todas as disciplinas podem e devem, se é que não se deseje que a vida piore e que professores não continuem apanhando de alunos. “Educação transforma pessoas” e deve começar dos municípios. “A grandeza de uma nação não depende da extensão de seu território, mas do caráter do seu povo.” (Jean-Baptiste Colbert - século XVII).