Chegamos ao fim de mais um mês de maio e, com ele, ao encerramento de mais uma edição da campanha Maio Amarelo — um movimento internacional de conscientização para a redução de acidentes de trânsito. Contudo, os temas abordados ao longo do mês não devem se encerrar com o calendário. O apelo por mais responsabilidade nas vias precisa ecoar todos os dias, até que cada cidadão compreenda o seu papel na construção de um trânsito mais humano e seguro.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o trânsito é uma das principais causas de morte. Milhares de vidas são ceifadas anualmente por acidentes que, na maioria das vezes, poderiam ter sido evitados. A imprudência, a negligência e a irresponsabilidade continuam sendo os principais combustíveis de uma tragédia silenciosa que se repete diariamente em nossas ruas, avenidas e rodovias.
Dirigir sob efeito de álcool, por exemplo, é uma escolha criminosa com consequências devastadoras. Mesmo com leis mais rígidas e campanhas educativas, ainda são frequentes os casos de motoristas alcoolizados provocando acidentes fatais. É preciso reforçar que o volante exige lucidez plena. Um único gole pode ser a diferença entre chegar em casa com segurança ou jamais voltar.
A falta do uso do cinto de segurança, outro comportamento comum e perigoso, também representa um risco letal. Mesmo após décadas de campanhas e da obrigatoriedade legal, muitos insistem em ignorar esse item básico de segurança, tanto no banco da frente quanto no de trás. Trata-se de uma atitude que beira o absurdo diante das evidências de que o cinto salva vidas.
Não podemos esquecer das vítimas: famílias despedaçadas, vidas interrompidas, futuros ceifados em frações de segundo. Cada cruz nas margens das estradas representa uma história, um rosto, um vazio impossível de preencher. É por elas que o Maio Amarelo existe — para que esses números deixem de ser apenas estatísticas e em a gerar empatia e mudança de comportamento.
Mais do que uma campanha, o Maio Amarelo é um convite à reflexão coletiva. É hora de deixarmos a pressa de lado, respeitarmos as leis, cuidarmos uns dos outros e, principalmente, entendermos que cada decisão ao volante pode significar a diferença entre a vida e a morte. Por um trânsito mais seguro, o amarelo deve continuar aceso em nossa consciência. Sempre.