Na tarde de ontem, chegou ao fim uma história postergada, mas que tem tudo para promover bons frutos no que tange ao tratamento oncológico regional. Advinda de uma promessa ainda do ex-governador Márcio França (PSB), a diretoria da Fundação HRP (Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente) confirmou ontem o recebimento dos R$ 3,8 milhões, valor esse referente à segunda parcela do convênio firmado entre a unidade de saúde e o governo do Estado. A cifra foi depositada nos caixas da Santa Casa de Misericórdia da cidade, provedora da entidade, e anunciada pelo deputado estadual Ed Thomas (PSB), que tem acompanhado a liberação dos valores.
E agora, mais do que completar o valor total do recurso prometido, R$ 6,8 milhões - somados aos R$ 3 milhões já reados em setembro de 2018 - a novidade possibilita a equipagem do hospital em 100%, bem como as próximas etapas, que consistem no funcionamento integral da unidade de saúde. O diretor da fundação, Izidoro Domingos Sana, detalha que não tem como prever o sucesso nas próximas fases, que incluem o credenciamento com o SUS (Sistema Único de Saúde) e, por ventura, a disponibilização de todo o serviço hospitalar. “Mas já é um grande o”, completa.
E quando se fala no funcionamento integral do hospital, Izidoro lista o que ainda está pendente, tais como: “a parte de cirurgias de grande porte e internações, transfusão de medula óssea [tratamento] e iodoterapia”. Mas, fora isso, ele destaca o que hoje já é feito pela unidade de saúde, como o atendimento ambulatorial, quimioterapia, radioterapia, que serão aprimorados com a chegada do recurso.
Isso porque a cifra será utilizada para a compra de novos equipamentos, compondo, assim, a aparelhagem essencial do prédio. Na lista, está a aquisição de uma ressonância magnética, um tomógrafo, dois aparelhos de raios-X, sendo um fixo e outro móvel, e um arco cirúrgico, completa Izidoro.
É válido lembrar que a totalização do recurso vem de uma ação do ex-governador Márcio França, conforme ele havia se comprometido junto ao deputado estadual Ed Thomas, e reiterado há cerca de um mês quando, em visita à unidade hospitalar, a até então primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, professora Lúcia França, também comprometeu esforços para garantir a liberação.
Histórico
O que também não pode deixar de ser dito, é que a resolução trata-se de uma promessa procrastinada e até mesmo alterada, ao longo do caminho. Como lembrado pelo ex-presidente do HRP, Antonio da Cunha Braga, inicialmente o convênio era de R$ 24 milhões, conforme prometido e assinado em 2014, pelo governador da época, Geraldo Alckmin (PSDB). “Não prosperou. E antes da saída dele, em 2018, transformou a cifra em R$ 6,8 milhões, que contemplava toda a compra de equipamentos”, completa.
Com a posse de Márcio França, a proposta do gestor foi de rear o valor ainda em 2018, divido em duas parcelas. Acompanhado por O Imparcial, a primeira delas veio, logo em setembro do ano ado, no valor de R$ 3 milhões. Na época, o até então presidente, Braga, disse que a chegada da cifra, destinada à composição do Centro de Imagens e Diagnóstico do HRP, ia permitir tirar da fila de espera “da saúde pública regional, pacientes que dependem de exames de ressonância magnética para que seus médicos possam planejar cirurgias eletivas”.
SAIBA MAIS
Em 2018, a Fundação HRP (Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente) realizou 90 mil atendimentos oncológicos, de pacientes advindos de 45 cidades da região. Com um orçamento previsto em R$ 12 milhões para 2019, o hospital possui uma receita operacional de R$ 5 milhões.
