A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), confirmou nesta terça-feira (27) a reintrodução do sorotipo DENV-3 em Presidente Prudente. O caso foi confirmado em uma paciente de 46 anos, após resultado de exame de sorotipagem encaminhado pelo Instituto Adolfo Lutz, referente a uma amostra coletada em março deste ano. A paciente está em excelente estado de saúde.
Este é o primeiro registro do DENV-3 no município desde 2007, quando 243 pessoas tiveram a doença com este sorotipo. A nova confirmação acende um alerta, especialmente para os profissionais da área da saúde, com a circulação no município dos sorotipos: DENV-1, DENV-2 e DENV-3.
“O importante agora é reforçar os cuidados preventivos, principalmente com os criadouros do mosquito. Cerca de 80% dos focos do Aedes Aegypti estão dentro das casas”, orienta a supervisora da VEM, Elaine Bertacco, que citou os dados divulgados pelo Ministério da Saúde sobre criadores do mosquito.
De acordo com a secretária municipal de Saúde, Débora Tiezzi, o laudo foi encaminhado somente agora devido à epidemia que o Estado de São Paulo vem enfrentando, com isso o Instituto Adolfo Lutz ficou sobrecarregado, pois todos os municípios aram a enviar amostras para sorotipagem para saber quais sorotipos estavam em circulação.
Ela reforça que a reintrodução do DENV-3 merece atenção especial. “Mesmo quem já teve dengue anteriormente pode contrair novamente, caso seja infectado por um sorotipo diferente. O DENV-3, dependendo da resposta imunológica do paciente, pode evoluir para formas graves da doença”, alerta Tiezzi.
Embora o DENV-3 possa causar casos graves, é importante lembrar que todos os sorotipos do vírus da dengue têm potencial para se manifestar de forma assintomática, branda ou grave. Por isso, os profissionais da saúde devem estar atentos aos sinais clínicos, para garantir um diagnóstico adequado dos casos suspeitos.
Os prudentinos também podem ajudar, eliminando os criadouros do mosquito transmissor da dengue. Mantendo os quintais limpos, livres de recipientes que acumulam água e servem para proliferação do Aedes Aegypti.
