O (Inep)Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira foi fundado em 1937 e vinculado ao Ministério da Educação, com o objetivo de subsidiar a formulação e implementação de políticas públicas no Brasil.
Leva o nome do educador baiano em razão de sua importância para o ensino público, laico e gratuito, e como um dos idealizadores da Escola Nova e seu Manifesto de 1932. Presidiu o Instituto de 1952 a 1964 sendo exonerado da função pelo regime militar, quando também era reitor da Universidade de Brasília.
Vale dizer que o Inepé órgão de Estado de enorme importância para a educação no Brasil que erguera, desde a virada do século 20 a caminho da industrialização, a bandeira do ensino público como meio de se alcançar os ideais republicanos e positivistas.
Um dos objetivos do Inep é dar sequência à história da avaliação mais importante desse país: Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Criado em 1998 que, além de ser a principal forma de ingresso ao ensino superior, agrega em torno de si politicas não compensatórias, mas verdadeiramente públicas e equânimes na direção de um alunado menos favorecido e carente de oportunidades (ProUni, SISU, Fies).
Para fazer justiça ao Inep enumera-se ainda, sob a competência do importante órgão federal: Encceja; Enade; Ideb, Saeb... Sistemas, índices, exames e instrumentos técnicos de extrema importância para a educação do país e futuro da nação.
Há exatamente uma semana e alguns dias do Enem, 37 servidores ligados ao Inep resolveram deixar seus cargos e funções incluindo as coordenações de logística e tecnologia, fundamentais em dias de aplicação das avaliações.
Chamado para apresentar as razões da debandada, em tempos que precedem evento de grande importância para a educação do Brasil, o presidente atual do Inep não explicou e não convenceu na Câmara Federal, quaisquer representantes do povo na Comissão de Educação.
Este articulista, interessado no assunto, tratou de envidar esforços para, entre os seus fazeres, assistir e participar da audiência pública esperando ouvir um argumento razoável e, minimamente, plausível a ponto de garantir tranquilidade para o Exame 2021. A frustração com o que se viu e ouviu foi incapaz de trazer paz e sossego ao escuta (dor)/ouvinte, infelizmente.
Pois bem, sob judice e enorme suspeita do Enem 2021, mais uma vez dirigem-se 3.109.762 alunos e alunas, inseguros (as) e desejosos (as) de que o labor, a luta e a esperança, contra tanta desesperança, resultem em sucesso e êxito apesar de...
Órgão de Estado não deve estar a serviço de política partidária de governo nenhum. Na torcida pelo Enem 2021!
