Viva i lavoratori 155g1j

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OPINIÃO - Raul Borges Guimarães 571s6u

Data 04/05/2025
Horário 05:00

Terminamos a semana marcada pelo Dia do Trabalhador, também conhecido como Dia Internacional do Trabalhador ou Primeiro de Maio. É uma data comemorada mundialmente em homenagem aos trabalhadores, celebrada em 1º de maio, que é feriado em diversos países. Dizem que a origem dessa celebração está ligada a um protesto ocorrido em 1º de maio de 1886, nos Estados Unidos. 
Na ocasião, trabalhadores da cidade de Chicago iniciaram uma greve em busca de melhores condições de trabalho, especialmente pela redução da exaustiva jornada de 17 horas diárias para um limite de oito horas. Faziam parte do movimento muitos imigrantes italianos que não aceitavam como eram explorados nas fábricas. A greve foi duramente reprimida pela polícia, com confrontos violentos e a morte de trabalhadores.  
No Brasil, essa luta dos trabalhadores foi ainda mais difícil. Além de exigir melhores condições de trabalho, os imigrantes tiveram que resistir à cultura escravocrata enraizada nas relações de trabalho, como se observou nas primeiras colônias de imigrantes italianos e japoneses formadas no meio rural paulista. Isso me faz lembrar das famílias originárias dos imigrantes que ainda estão presentes nos bairros rurais do nosso município. São trabalhadores rurais que se envolveram com as primeiras lavouras de café organizadas por aqui. Com o parcelamento das terras por causa da herança dos pioneiros, depois eles se envolveram com o algodão e a batata. Mas ainda guardam na lida da terra não apenas um meio de sustento, mas uma forma de preservar raízes culturais e manter viva a ligação com um ofício ado de geração em geração. 
O que dizer daquele porco criado no fundo do quintal com todos seus deliciosos derivados como a linguiça, a banha e a deliciosa carne de lata, o torresmo, o bacon e o chouriço? E as tradições culinárias da polenta, então? Ela lembra suas raízes italianas, especialmente no norte do país, onde era um prato básico, substituindo o pão e o macarrão. “Tutti i tipi di lavoro svolto con le proprie mani”, diriam os antigos, como é feito os mais de 250 tipos de pão da culinária italiana. Ou o trabalho nas videiras e nas oliveiras para a produção de vinho e de azeite. Um trabalho que vai além da simples atividade econômica: ofícios ados de geração em geração, carregados de saberes tradicionais. 
Deixo aqui a minha homenagem ao Jair (grande mestre carpinteiro) e os irmãos Ederli, com quem tenho oportunidade de conviver pelas bandas do Primeiro de Maio. Diriam eles: “Cominciamo a lavore con le nostre mani”, o que resultaria na minha rápida resposta: “Viva i lavoratori”!

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