Amanhã, Presidente Prudente ará por uma situação inusitada. A partir das 8h, na Avenida Joaquim Constantino, ao lado do muro do condomínio Village Damha, haverá uma simulação de catástrofe. O local foi determinado pelo Corpo de Bombeiros, com vistas a atrapalhar, ao mínimo, o tráfego na cidade. Serão 80 pessoas fazendo papel de vítimas, mais o envolvimento de médicos, acadêmicos e residentes na organização. O treinamento mostrará como esses "pacientes" deverão ser triados para que o máximo de pessoas possa sobreviver.
Conforme o médico e responsável pelo evento, Fernando Leal Pereira, a palavra-chave desta ação é treinamento. Segundo ele, ações como essas frequentemente são realizadas por bombeiros em locais afastados do centro, com um número pequeno de pessoas. "Prudente é conhecida regionalmente por uma grande diferenciação nos âmbitos pré e intra-hospitalar, não deixando a desejar no manejo dos atendimentos à saúde", destaca.
O profissional comenta ainda sobre o grande número de atendimentos de resgate em Prudente, em relação a outras cidades. "Nossa estatística de acidentes, de uma maneira geral, é bem significativa. Então, surgiu a pergunta, por quê não almejar o aprimoramento ainda mais?", explica. De acordo com Pereira, a ação dará início a uma série de outros procedimentos, "com o intuito de fornecer à população uma possibilidade maior de preparo no atendimento do paciente politraumatizado".
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O profissional relata que a ação é resultado da observação, que começou há cerca de dois anos, de uma série de eventos catastróficos, em âmbito nacional e internacional. "Há uma enormidade de relatos, pela mídia, de eventos com vítimas fatais nos últimos anos. Sabemos que, nos grandes centros, a prática de simulações faz parte da rotina cotidiana da população e, Prudente, como polo comercial, não fica longe desta estatística nacional", destaca.
Para o médico, a real necessidade do treinamento é a única forma de promover um atendimento mais próximo do ideal em situações reais, nas quais os números de atendimentos atinjam o limite das unidades prudentinas.
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Segundo Pereira, a simulação envolverá um choque entre dois veículos, onde, os 80 ageiros simulados se tornarão vítimas e terão de receber o atendimento adequado no menor tempo possível. "Serão pacientes com lesões neurológicas, ortopédicas, cirúrgicas, tanto graves -, com um número de óbitos no local, durante o trajeto e, até mesmo, no hospital -, como também vítimas leves". Conforme o profissional, todos os critérios realísticos dos atendimentos serão respeitados.
Parceiros 2m4116
A ação faz parte de uma parceria entre Hospital e Maternidade Nossa Senhora das Graças, Hospital e Maternidade Iamada, Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente, Hospital e Maternidade Morumbi, Hospital Regional (HR) Domingos Leonardo Cerávolo, Prefeitura de Presidente Prudente, Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), por meio da Faculdade de Medicina de Presidente Prudente (Famepp), através da Liga do Trauma e Cirurgia de Emergência, Unimed Presidente Prudente, Secretaria Municipal de Saúde e da Defesa Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Concessionária Auto Raposo Tavares (Cart), Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (Same), Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública (Semav), com o apoio dos grupos Andorinha e Oslog.
