A OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) reconheceu nesta quinta-feira (29) o Brasil como livre de febre aftosa sem vacinação. O reconhecimento do novo status sanitário ocorreu durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da OMSA, em Paris. O presidente do Sindicato Rural de Presidente Prudente, Tiago Jacintho, vê com grande otimismo essa certificação. “Essa conquista representa novos mercados, economia para o produtor, menos perdas para o produtor no abate, porque a vacina causava danos na carcaça do animal”.
Tiago ressalta que com esse novo status sanitário, muitas portas para mercados mais exigentes vão se abrir. “A carne brasileira é de altíssima qualidade e mercados que não compravam a nossa carne por causa da aftosa, agora com certeza vão se interessar”.
O presidente do Sindicato Rural ressalta que os cuidados com o rebanho devem continuar. “O produtor brasileiro é supercuidadoso com essa questão. Teremos que continuar sendo rígidos para que nunca mais tenhamos esse problema”.
Segundo a Agência Brasil, em nota, a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) avaliou que o reconhecimento internacional de país livre de febre aftosa sem vacinação reforça o compromisso do setor agropecuário e dos produtores rurais com a sanidade de seus rebanhos e com a qualidade dos produtos ofertados aos mercados compradores.
“Para a CNA, [reconhecimento] é fruto de um esforço conjunto de anos entre o Estado e o setor privado e de ações coordenadas para a retirada gradual da vacina, de acordo com o Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa”, informou a entidade.
Para a confederação, o processo de retirada da vacinação foi conduzido de forma segura, com base na evolução dos Estados em relação ao cumprimento de requisitos mínimos. “Apesar de retirar a vacina, o Brasil continuará com as ações de vigilância e controle sanitário do rebanho. Para a CNA, é fundamental o papel dos pecuaristas e seus colaboradores, que estão na linha de frente e têm a responsabilidade de notificar o SVO [Serviço Veterinário Oficial]”.
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Tiago Jacintho: “Essa conquista representa novos mercados, economia para o produtor, menos perdas para o produtor no abate”