Muito se tem escrito, falado e desenhado a situação da educação recente, em ensinar em um ambiente adverso durante a pandemia, com isolamento, limitações diversas, bem como de estratégias criativas para contornar os problemas.
Num dado dia, deparei com uma situação pouco comum: fiquei sem internet. Pior: era justo nas últimas aulas do semestre, quando você tem que utilizar seu precioso tempo para fazer os últimos arremates da disciplina e fechar as pontas soltas das dúvidas...
A saída foi ativar o plano B: conectar o celular ao computador e preparar a aula com as limitações disponíveis. A aula foi realizada, mas consumiu o pacote de dados móveis do mês... Assim, ficar mais de uma semana sem internet e sem dados móveis era o pesadelo perfeito.
Essa experiência me colocou no lugar do estudante, que depende da internet para construir sua formação, tanto em cursos de ensino a distância (EaD), como em sistema de aula remota do curso presencial.
O estudante depende da internet para construir sua formação, tanto em cursos de EaD, como na aula remota do curso presencial
Se eu fiquei numa situação delicada, como ficaria o estudante que depende apenas do celular e de dados móveis e eventuais espaços de wi-fi free? Isto é mais sério do que se pensa, pois nem todos têm o ilimitado à internet e conseguem estudar em locais remotos.
Apesar de ser importante o o à educação, devemos imaginar que o estudante também faz escolhas críticas: O que ar? Quanto tempo ar? Por que ar?
O problema central é entender que muitos estudantes nem sempre têm o devido, em tempo adequado; o custo de um plano de internet móvel, bem como da necessidade de se conectar por tempo relativamente longo, durante a semana toda, um mês inteiro.
É importante que no EaD, universidade e estudante entendam a realidade de cada um. Antes de exigir da instituição e/ou do aluno, é preciso avaliar a realidade do gargalo de tráfico de dados, uma vez que pode influenciar na formação do estudante. Conexões leves, com baixo uso de dados móveis, atividades de e/ou adequadas, entre outros, são fundamentais para contribuir na permanência do acadêmico no curso.
