O Banco de Alimentos da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), unidade de Presidente Prudente, doou 145.931 toneladas de alimentos às entidades assistenciais em 2015. Ao todo, segundo informações do entreposto, 77.485 pessoas foram beneficiadas com o ato social. O montante doado é 9,04% menor que o total de 2014, onde foram computadas 160.449 toneladas de alimentos reados às instituições. Também houve a redução de 22.929 pessoas assistidas, já que em 2014 foram registradas 100.414 pessoas beneficiadas.
Atualmente, a Ceagesp possui 25 entidades cadastradas que, semanalmente, comparecem ao local para selecionar e retirar os produtos doados pelos permissionários. Além dos órgãos assistenciais fixos, o entreposto ainda atende entidades "esporádicas", que enviam ofícios para retirada dos alimentos para algum evento beneficente, encontro, retiro, ou reunião, como, por exemplo, igrejas costumam realizar. De acordo com a técnica istrativa do entreposto, Ane Elize Vargas Bocardo, por semana, são recebidos entre dois e três ofícios para doação de alimentos para algum determinado evento.
Questionada sobre a redução do volume de doações, a representante ressalta que segue dois aspectos. Um se refere ao aproveitamento dos alimentos por parte dos permissionários que, segundo ela, estão mais atentos à seleção dos produtos e, com isso, reduz o número de descartes. "Estão aproveitando a maior parte para a comercialização", cita.
Outro aspecto apontado por Ane Elize é a queda do número de voluntários das entidades que tem sido observado pelos representantes do entreposto. Como o trabalho de recolhimento dos alimentos nos boxes, separação e limpeza dos produtos no espaço do Banco de Alimentos são feitos pelos voluntários, a técnica istrativa frisa a falta que estas pessoas faz, o que acarreta na redução do volume. "O trabalho do voluntário é que faz a diferença", pontua.
Ato importante
Para os representantes das entidades beneficiadas com as doações e os permissionários, o ato "é muito importante" e contribui para o sustento das instituições. Contribuindo com as doações, Dirce Sugano diz que o ato é uma forma de contribuir com quem precisa. "Todos necessitam de um gesto de ajuda", cita.
Já o boxista Sidnei Peretti acredita que deveria haver um trabalho de conscientização das doações e o reaproveitamento dos alimentos. "É preciso abordar o assunto com os permissionários, com os representantes da istração da Ceagesp e com os voluntários", esclarece. O comerciante frisa ainda que tudo pode ser reaproveitado. "Não pode ser desperdiçado. O que não pode ser consumido pode virar adubo orgânico", sinaliza. Pontua ainda que a doação é uma forma de contribuir com quem precisa.
"É algo que dá e e contribui, em muito, com a entidade", conta a secretária do Esquadrão da Vida de Presidente Prudente, Michelle Astrath. Ela esclarece que a instituição comparece duas vezes no entreposto: uma para a retirada dos alimentos para os integrantes da unidade, e outra para buscar alimentos descartados, que não podem ser reaproveitados pelas pessoas, mas que servem de alimentos para os animais.
Retirando os alimentos doados para o Hospital Nossa Senhora Aparecida, de Presidente Bernardes, Manuel Fulgencio de Souza acredita que os alimentos doados "contribuem para que as entidades mantenham todos os atendimentos necessários" e, com isso, reduzam os gastos que teriam se fossem obrigadas a comprar todos os produtos.