E não é que uma mulher, eleitora do Lula, e um homem, eleitor do Bolsonaro, se estranharam e quase saíram no tapa sábado à tarde no Calçadão, em Prudente? Vejam só: brigaram por causa de política, coisa comum hoje em dia - e hoje em noite - Brasil afora nestes tempos tristes e estranhos.
A mulher, já com dezenas de carnavais nas costas, começou a vociferar contra o Mito e elogiar o Lula. O bolsonarista não gostou, tomou as dores para si e partiu para o ataque verbal contra a mulher e o petista.
Xingamentos dos piores, um bafafá danado, enfim, um quiproquó para ninguém botar defeito. Acusações já bastante conhecidas contra Lula e Bolsonaro. Bom lembrar: acusações sem provas, como se tornou comum no Brasil. Virou moda acusar sem provas, herança da carniça Lava Jato (Argh!).
Os gritos da dupla chamaram a atenção dos transeuntes, muitos deles fregueses das lojas. Uma rodinha foi formada em torno da lulista e do bolsonarista. A turma do deixa disso estava a postos para qualquer emergência. Eles não paravam com as agressões verbais e, diante da possibilidade da coisa engrossar, um sujeito, talvez pacifista, gritou: "Chamem a Polícia!"
Enquanto a Polícia não chegava, a discussão, com xingamentos impublicáveis, prosseguia. Como sempre acontece nessas horas, aparecem aqueles que tomam partido. "Ela está certa", comentou uma mulher. Um senhor saiu em defesa do bolsonarista com um argumento quase idêntico.
Por fim, chegou a PM e mesmo assim os dois continuaram batendo boca, agora com menos "fervura" ou com temperatura mais baixa. Depois, a rodinha se desfez, muitos entraram nas lojas e, quanto aos briguentos, cada um tomou seu rumo, coisa que o Brasil também precisa tomar.
DROPS
A humanidade caminha rumo ao desconhecido ou é apenas impressão minha?
Do jeito que a coisa vai, não sei para onde iremos.
De onde menos se espera pode até sair alguma coisa.
É como diz o eletricista: "Há uma luz no fim do túnel, mas é um trem em sentido contrário".
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