As temperaturas caíram em Presidente Prudente e região. Segundo a meteorologia, o clima ameno deve permanecer pelos próximos dias, notícia agradável para quem aprecia o aconchego do frio. No entanto, o que para muitos é sinônimo de conforto e lareira, para os bancos de sangue representa motivo de preocupação.
Com a chegada do inverno, é comum que os hemocentros enfrentem uma queda significativa no número de doadores. As baixas temperaturas, aliadas ao aumento de casos de gripes, resfriados e outras doenças respiratórias típicas da estação, fazem com que muitas pessoas deixem de comparecer aos postos de coleta. O frio, silenciosamente, esfria também a rotina solidária de quem doa sangue, e as consequências disso podem ser graves.
A doação de sangue é um gesto simples, seguro e que pode salvar até quatro vidas com apenas uma bolsa coletada. Pacientes em tratamento de câncer, vítimas de acidentes, pessoas com doenças crônicas ou submetidas a cirurgias urgentes dependem desse ato para sobreviver. A escassez de sangue não espera o calor voltar. A necessidade é diária e contínua, faça frio ou calor.
É justamente no momento em que a solidariedade costuma se recolher junto ao frio, que ela mais precisa ser aquecida. Doar sangue no inverno é um ato de coragem e empatia, uma resposta humana às dificuldades sazonais enfrentadas pelos serviços de saúde. É preciso que a população entenda: o compromisso com a vida não pode hibernar.
Os hemocentros seguem funcionando normalmente, com todos os cuidados sanitários necessários. É fundamental que aqueles em boas condições de saúde se disponham a doar. A responsabilidade social não conhece estação. E ela exige constância, mesmo quando o frio convida ao recolhimento.
