Com a chegada do novo ano, é de bom tom que as famílias iniciem um planejamento financeiro para conseguir manter as contas em dia e evitar gastos supérfluos que possam comprometer a renda familiar. Quem pode ajudar nesta organização são as crianças, o que contribui diretamente para a educação financeira desde a infância e demonstra que economia doméstica também é assunto de gente pequena.
É o caso do garoto Rodrigo, de apenas 6 anos, que desde muito cedo recebe instruções da mãe, a cartorária Maisa Belo. Ela explica que o menino já possui cartão de crédito, poupança e que instrui o menino a pensar de forma lúdica naquilo que ele deseja consumir. “Eu indico para que ele pense e raciocine sobre o que quer comprar. Por exemplo, se se ele quer uma barrinha de chocolate e também um M&M, eu falo para ele que um item custa um valor X e o outro um valor Y e indico que quem vai pagar é ele”. Nesse sentido, Maisa revela que a principal instrução ao filho é que “não se dá para ter tudo na vida” e ele terá que fazer escolhas para ter o que deseja.
O próprio garoto fala sobre o assunto. “Quando a gente vai comprar alguma coisa sempre faz conta de mais e menos para ver quanto de dinheiro vai gastar”. A mãe revela que o filho possui alguns gibis da Turma da Mônica em parceria com o Sicredi sobre educação financeira voltada para crianças.
Cedida/Maisa Belo
Rodrigo com um dos gibis da Turma da Mônica sobre educação financeira; parceria do cartunista Maurício de Souza com o Sicredi, que visa estimular o tema para crianças
Sobre esta questão, o diretor-executivo do Sicredi Rio Paraná PR/SP, Vanderlei Oliveira, explica que o contato com economia financeira desde cedo é importante para que a criança se familiarize com o tema. “É importante para despertar neles autodisciplina, até mesmo para já irem pensando numa profissão no futuro, na independência financeira, dentre outras...”, indica.
Ele complementa que o contato com as finanças é relevante no sentido do despertar do senso de responsabilidade e no desenvolvimento de habilidade no manejar de recurso. Segundo Vanderlei, o envolvimento das crianças na economia doméstica deve ocorrer aos poucos e ir evoluindo conforme a idade.
O diretor-executivo do Sicredi Rio Paraná lista algumas dicas que podem ser seguidas tanto pelos pais quanto pelas crianças:
- Falar sobre o trabalho e como foi para chegar até a profissão atual;
- Incentivar a poupar parte da mesada (para aquelas crianças que recebem);
- Explicar a necessidade de doar aos necessitados e ao voluntariado;
- Trabalhar de maneira lúdica e divertida com as crianças a economia financeira através de jogos disponíveis que auxiliam os menores a terem noções de economia;
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