Parafraseando Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, em evento de 2015: “Não há como conceber a sociedade do futuro sem tecnologia. Então, se você não pode vencê-la, una-se a ela”. Aqueles de minha geração entendem bem esta citação, afinal, quem de nós já não teve dificuldades em assimilar as novas tecnologias?!
Nas últimas décadas, as redes sociais transformaram-se em um palco central para diversas temáticas e debates. E cada vez mais este será o grande palco onde as relações intersociais serão discutidas e delineadas.
Captar a atenção dos jovens neste cenário de “modernidade líquida” exige uma abordagem que vá além dos tradicionais discursos formais e impessoais. É necessário humanizar, tornando-o mais ível, empático e relevante para a juventude contemporânea.
A participação política entre os jovens tem sido tradicionalmente baixa, e isso pode ser atribuído, em parte, à forma como o discurso é apresentado. Textos complexos e distantes da realidade cotidiana acabam por afastar aqueles que ainda estão formando suas opiniões e compreensões sobre o mundo.
Para propagar a Campanha Vote Consciente nas eleições municipais de 2024, optamos por uma estratégia diferente, cuja participação de influenciadores digitais será mais abrangente. Isso significa utilizar de ferramentas digitais, narrativas pessoais e exemplos concretos que ressoem com as experiências vividas pelos jovens.
Histórias pessoais, desafios enfrentados e conquistas que podem tornar o discurso político mais palatável e real para este nicho da população que literalmente istrará o nosso futuro.
É claro que a construção desta conscientização é de longo prazo. Investir hoje na educação política e incentivar o voto entre os jovens é essencial para garantir de forma mais assertiva um futuro mais justo, equitativo e democrático. Muito embora quem plante tamareiras certamente não as comerá, é obvio que se não as semearmos, as gerações vindouras também não usufruirão dos frutos.
